quinta-feira, 7 de junho de 2012

UM CERTO CALÍGULA E SEU CAVALO PREFERIDO




Caio Júlio César Augusto Germânico, também conhecido como Caio César ou Calígula, foi imperador romano de 37, até ao seu assassinato, pela guarda Pretoriana em 41 e ficou conhecido pela sua natureza extravagante e cruel.

Em 40, Calígula desenvolveu uma série de políticas muito controvertidas e começou a realizar as suas aparições públicas, vestido de deus e semideus, como Hércules, Mercúrio, Vênus e Apolo.

Referia a si mesmo como um deus quando comparecia ante os senadores e ocasionalmente aparecia nos documentos públicos com o nome de Júpiter.

Erigiu três templos dedicados a si mesmo;dois em Roma e um em Mileto, na província da Ásia.Foi nesta época que começou a aparecer como deus na frente da plebe.

Segundo Sêneca, o imperador transformou-se num homem arrogante, iracundo e grosseiro na sua ascensão ao trono. Muitos acreditam que foi o poderque tornou Calígula um arrogante, fazendo - lhe acreditar que era um deus.

Filón de Alexandria e Sêneca, o moço, descrevem o imperador como um demente irascível, caprichoso ,capaz de provocar uma fome ao gastar demais dinheiro na construção da sua ponte e de querer erigir uma estátua de si mesmo no Templo de Jerusalém, com o objeto de ser adorado por todos.

Diversas fontes narram um grande número de histórias que ilustram a sua crueldade e a sua demência, provavelmente a mais famosa é a que conta que o imperador quis nomear o seu cavalo favorito, Incitatus, cônsul e sacerdote.

De acordo com o escritor Suetônio, na sua biografia de Calígula, Incitatustinha cerca de dezoito criados pessoais , era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura. Foi-lhe também dedicada uma estátua em tamanho real, de mármore com um pedestal de marfim.

Felizmente, os tempos (?) mudaram, e o nosso projeto de Calígula, não pretende nomear o seu cavalo ou qualquer bichinho de estimação para ocupar um cargo de governo, nem construirá, pelo pouco que sabemos, uma estátua ao seu mais querido objeto de estimação.

Nos seus propósitos, que todos já conhecem, não mede esforços, e desfila aqui e acolá com o seu eleito, e não tem papas na língua ao elogiá – lo, como se o seu escolhido fosse uma benção dos céus. O duro é que muita gente acredita.

A pretensão, antes de tudo, não significa que aquele populacho não tenha o menor discernimento (há controvérsias),mas, sim, que ele pode e é capaz de tudo para satisfazer o seu imenso ego.

A aspiração procede, pois emana de um deus ou semideus, como queiram, ou de uma mente distorcida, na qual lhe é permitido qualquer veleidade,mesmo que para os demais custe a falência da dignidade.

Você pode eleger incitatus, ou qualquer outro, como prefeito de qualquer cidade, inclusive a de São Paulo , afinal o seu voto não é seu, é do seu deus, que assim o quer.

Ave Cesar Metamorficus Ambulantis!

 Brasília, DF, 06 de Junho de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


(nota) A foto é de responsabilidade do blog




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